Lilliput UM-70: um monitor extra que se conecta diretamente à porta USB

Faz vários anos que aderi à presença de 2 monitores no desktop como forma de ganhar produtividade - em um deles, maximizado, fica o documento em que estou escrevendo, enquanto no outro fica algum arquivo de referência ou similar.


Minha mesa de trabalho em setembro de 2010

Nos momentos de uso do computador por lazer, a ideia também tem utilidade: em um monitor fica o jogo, filme ou site em tela cheia, e no outro sobra espaço para e-mail, Twitter, mensagens instantâneas, tocador de música, etc.

Mas as minhas atividades de trabalhador conectado, ao longo dos últimos anos, evoluíram e acabaram tornando necessário manter atenção especial aos mensageiros instantâneos e ao e-mail - exceto quando preciso da produtividade extra que só alcanço quando removo as suas interrupções, claro.

Por um bom tempo fui dando jeitos de manter os mensageiros e notificadores sempre visíveis no segundo monitor, ao custo de não mais poder maximizados os documentos de referência e outros materiais de apoio ao meu trabalho.

Para mim, um terceiro monitor sempre teria sido uma alternativa interessante, pois o ganho de produtividade acabaria compensando, e o conforto extra seria um argumento melhor ainda. Mas não cabia direito na mesa, e colocar uma terceira saída de vídeo no computador seria pouco prático.

Entra em cena o monitor USB

Foi nessa situação que acabei tropeçando, enquanto buscava por ideias de presentes no ThinkGeek, nos monitores Lilliput.

Não demorei mais do que 45 minutos de pesquisa para concluir que era a solução que eu estava procurando há um bom tempo e, no mesmo dia, providenciei a compra via eBay.

O modelo que adquiri e está em uso (você pode encontrá-lo no centro da foto da minha escrivaninha, na introdução deste post) é o UM-70, mostrado na foto acima. Seus únicos conectores também aparecem nela: o diminuto monitor é alimentado de energia e recebe a imagem do seu computador exclusivamente pelas portas USB - nada de cabo VGA, placa de vídeo adicional ou tomadas.

Suas 7 polegadas (800x480 pixels) são suficientes para exibir e-mails, notificadores diversos, controles do media player ou uma janela de terminal, por exemplo, mas são desconfortáveis para fazer mais do que isso: o meu está em uso há algumas semanas e eu gosto muito, mas nem penso em usá-lo para navegar, redigir ou usar algo que exija atenção constante - seu papel é o de monitor auxiliar.

Segundo a bem-produzida embalagem, o contraste é de 250:1 e a razão de aspecto é 16:9. Como ele é alimentado via USB, é necessário contar com 2 portas USB 2.0 disponíveis e alimentadas - hubs USB comuns não servem, a não ser que eles sejam ligados à tomada.

O custo por pixel é bem alto se comparado ao de um monitor maior: paguei US$ 99, mais US$ 38 de frete. Possivelmente teria pago um valor adicional equivalente à soma destes 2, se a Receita Federal optasse por tributar o produto na entrada do país.

Os controles são espartanos: localizados à esquerda da tela encontramos um botão para ligar e desligar o aparelho, e outro que permite aumentar e diminuir o brilho da tela.

Como o monitor é leve e fácil de carregar, vale mencionar que ele tem na sua parte traseira, além da entrada USB e do pé que o mantém em posição nos modos retrato e paisagem, um slot para trava Kensington, que permite prendê-lo à mesa usando uma trava comum para notebooks.

O uso como segundo monitor

Para mim parece claro que não seria nada prático usar um monitor de 7 polegadas para o papel que usualmente reservo ao meu segundo monitor: exibir documentos e materiais de referência.

Mas já vivi e acompanhei casos de demanda por um segundo monitor que seriam perfeitamente atendidos por uma tela diminuta, vários dos quais mencionei acima:

  • terminal de acompanhamento de logs,
  • terminal para shell do sistema,
  • terminal de monitoramento do sistema,
  • controle multimídia,
  • mensagens instantâneas enquanto um jogo ou filme estão em tela cheia,
  • paletas de ferramentas de seus aplicativos,
  • mapas de seus jogos,
  • instrumentos dos seu simuladores (ver foto acima),
  • etc.

Se eles valem o custo deste aparelhinho é algo que cada usuário deve avaliar. Para mim valeu, mas meu caso de uso não é típico.

A vantagem de não precisar de uma segunda placa de vídeo, ou de uma placa com duas saídas, é algo a considerar, mas não faça isso isoladamente: compare com a relação custo/benefício de comprar uma segunda placa de vídeo econômica e um monitor de tamanho usual, por exemplo.

Mais detalhes

O site do fabricante tem mais detalhes sobre o produto, bem como outros similares, com ou sem touchscreen (o meu é sem) e com ou sem 3D.

A página do produto no ThinkGeek informa que a caixa só traz drivers para WIndows XP e Vista, mas oferece links para download de drivers, em variados estágios de maturidade, para Mac OS X, Windows 7 e Windows 2000.

Eu só testei no Mac (com este driver beta) e em modo paisagem, e estou feliz com a estabilidade e com a qualidade da imagem exibida (brilho, contraste, tempo de resposta), mas vale mencionar que o sistema não desliga o monitor USB quando coloca para dormir os outros monitores - a imagem nele congela, e volta a ser atualizada apenas quando os outros monitores "acordam".

O procedimento disponível para Linux é um pouco complicado no momento, mas anotei na minha lista de pendências para testá-lo em algum dia de chuva com bastante tempo livre, e aí passar a poder usá-lo também no netbook.

Minha compra no eBay foi com o vendedor carmate1, que ainda tem outras peças à venda enquanto escrevo este post - mas naturalmente não posso oferecer garantia de que a sua transação com ele será tão bem-sucedida quanto a minha foi.

Como em todas as compras do exterior, sugiro que você considere que o custo irá dobrar ao passar pela alfândega brasileira, para evitar errar nas avaliações e comparações de custos!

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