O Código da Inteligência

No final de 2008, recebi como cortesia da editora Ediouro um exemplar do livro "O Código da Inteligência", de Augusto Cury. Eu já tinha conhecimento (em linhas gerais, claro) do trabalho dele, e guardei o livro para ler durante as férias, com a intenção de comparar com as minhas impressões sobre o livro Mind Hacks, da editora O'Reilly (que tem uma abordagem completamente diferente), e eventualmente escrever algo a respeito das conclusões.

Mas era período de festas, e algo completamente diferente do planejado aconteceu: minha irmã, que é profissional da área da saúde, viu o livro no balcão em uma visita, e pediu para pegar emprestado para ler na praia ou na piscina. Reconhecendo a oportunidade de ter uma resenha diferente aqui no Efetividade, emprestei com uma condição: que ela registrasse brevemente, ao final, as suas impressões sobre o livro.

Ela topou, leu e gostou. Com base na recomendação dela, eu também já comecei a ler. O tema me interessa bastante, apesar de todas as armadilhas que o cercam, em especial na parcela do mercado editorial reconhecida popularmente como sendo a da "auto-ajuda".

Segue o relato:

Augusto Cury ,psiquiatra, psicanalista e pesquisador do funcionamento da mente humana, autor de diversos livros e de talento reconhecido nacional e internacionalmente, recentemente lançou o livro O código da Inteligência. Com 239 páginas, foi editado pela Ediouro com capricho, tendo me chamado a atenção a diagramação, que usou um formato que permite destacar em negrito tanto passagens do próprio livro como de obras anteriores do autor.

É de leitura fácil, voltado para o público leigo em psiquiatria. Eu não o classificaria como de auto-ajuda no sentido pejorativo da expressão, mas acred auxilia na resolução de diversos conflitos internos, sempre com base científica: cita tanto estudos do próprio autor, quanto de vários outros teóricos da área.

O livro relata a existência de mais de 50 códigos de inteligência, mas destaca oito deles devido a sua relevância: Código do Eu como gestor do intelecto, da autocrítica, da resiliência, do altruísmo, do debate de idéias, do carisma, da intuição criativa e do eu como gestor da emoçao.

Todos são acompanhados de exemplos, que mesmo que você não se identifique, sempre lembrará de alguém que possui aquelas características. Também são ensinados exercicios para o aprimoramento de cada código.

Além dos códigos são apresentadas armadilhas da mente que bloqueiam a capacidade de decifrá-los.

É muito interessante a crítica ao sistema educacional que não prepara estudantes capazes de pensar por si próprios, de exercer liderança, mas sim conduz ao silêncio e à falta de debate em sala de aula.

Também me agradou o bom uso de exemplos conhecidos por todos, como Einstein ou Michael Phelps.

Deve-se dar bastante atençao ao processo de formação da memória, a construção de traumas e bloqueios, medos e angústias e a reprogramação da mente através da construção de janelas light na memória ou edição das janelas killer, para usar a terminologia do autor.

Também gostei muito da explicaçao da síndrome do pensamento acelerado causada pelo uso incessante e excessivo da memória.

Enfim é uma leitura agradável para quem se interessa em utilizar melhor o seu cérebro e, de quebra, tentar melhorar a vida profissional e social.

-- resenha por Luciana Ehrhardt Campos

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