Uma forma simples de reduzir os custos com cartuchos de impressão

Existem muitas maneiras de economizar com impressão: imprimir menos, reaproveitar (conscientemente) papel, negociar bons contratos de outsourcing de impressão, aproveitar bem as configurações da impressora, etc. Existem também os métodos melhor aplicáveis a rascunhos, como imprimir mais de uma página por folha, reduzir o tamanho da fonte, e similares.

Um dos líquidos mais caros (por ml) à venda no mundo

Há quem tente também os cartuchos remanufaturados, alternativos ou recarregados, mas minhas experiências com este tipo de solução não foram boas, nem econômicas - muitos cartuchos simplesmente não funcionaram, me deixando na mão quando precisei deles, e alguns fizeram as impressoras precisarem de manutenção, zerando qualquer economia que tivessem gerado, portanto não me vejo em posição de recomendar este tipo de alternativa.

Mas há alternativas de menor impacto e fácil ativação

Até pouco tempo, jamais havia me ocorrido que a mera mudança de fontes nos documentos, mantendo os mesmos tamanhos, poderia levar a economias significativas de tinta.

Claro que isso não faz diferença aqui em casa, com uma impressão de menos de 40 folhas por mês - mas pense em quem emite contas, imprime boletins, comprovantes, formulários e realiza outras operações impressas aos milhares por mês?

Exemplos de Ecofont não me convenceram

Mas aí isso mudou - primeiro veio a Ecofont, que me faz pensar na palavra gambiarra, embora eu reconheça mérito na idéia: ela tem furinhos, pouco perceptíveis nos caracteres em tamanho comum de corpo de texto, que - afirma-se - podem reduzir em até 25% o consumo de tinta ou toner. A idéia é boa, e enquanto a versão gratuita circulava em formato TrueType e baseada na fonte Vera Sans, agora leio no site oficial que agora ele substitui várias fontes conhecidas: Arial, Verdana, Calibri, etc. O mecanismo de funcionamento não me agrada, mas deixo a dica.

Exagero?

Só que as pesquisas avançam, e agora fiquei sabendo, via Gizmodo, que existe uma forma mais ao meu agrado: segundo estudos do tipógrafo e criador de fontes Mark Simonson, na Universidade de Wisconsin, substituir a quase onipresente Arial pela também razoavelmente popular fonte Century Gothic, no mesmo tamanho, pode reduzir o consumo de tinta em até 30%.

Amostra da Century Gothic

Eu já simpatizava com esta fonte, criada em 1991 pela Monotype como uma alternativa às belas fontes Futura, e a economia de tinta pode ser uma versão a mais para empregá-la em material criado para impressão, e colocá-la como default nos seus modelos de documento básicos.

Mas atenção para 2 aspectos extras que podem fazer diferença:

1) a Century Gothic é um pouco mais larga que a Arial, então mudar para ela poderá causar repaginação em um documento existente, e até mesmo o aumento do número de páginas (o que também tem algum impacto no custo, naturalmente)

2) Até mesmo a Times New Roman e a Calibri gastam menos tinta que a esbanjadora e ubíqua Arial. Já a Trebuchet e a Franklin Gothic gastam bem mais do que ela.

E antes de sair trocando fontes, releia o primeiro parágrafo - é possível que algumas das técnicas mencionadas nele possam gerar economias bem maiores ;-)

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